Rádio Rhema Online

domingo, 6 de junho de 2010

A VERDADE POR TRÁS DOS SIGNOS...

REVISTA VEJA FAZ MENÇÃO AO ESCÂNDALO DE IMPROBIDADE FISCAL DAS GESTÕES DE JOSÉ WELLINGTON NA CGADB (Blog Belverede – Eliseu Gomes)


SILAS MALAFAIA QUER 1000 TEMPLOS EM CINCO ANOS (Blog Púlpito Cristão – Leonardo Gonçaves)

O QUE DIZER DE TUDO ISSO? (Blog do Ev. Jairo Elin)

Ao ler os posts acima nos blogs dos referidos companheiros acerca da tira publicada na coluna Panorama (Radar) da revista VEJA dessa semana sob o título “Rumo aos 1000 templos”, e ilustrada com a imagem do televangelista Silas Malafaia (como o próprio jornalista se referiu), fiquei a pensar sobre a concepção que temos ou fazemos da leitura.

O que é ler afinal?

Segundo Adam e Star (1982), “Entende-se por leitura a capacidade de entender um texto escrito.”

Embora aparentemente simples, a definição acima não compreende a realidade por trás do conjunto de códigos que corresponde à escrita como forma de linguagem. Assim sendo, não basta saber “juntar” letrinhas para se saber ler.

Um simples “_sei!” quando dito de canto de boca pode alterar toda a concepção acerca da credibilidade de alguém a respeito de algo. Ou um "_hum, hum!" que pode tanto significar um SIM, quanto um NÃO, a depender do contexto.

Logo, uma verdadeira inteiração com o texto escrito deve possibilitar ao leitor não apenas o “combinar” ou “separar” sílabas (sinais gráficos), mas decifrar o conjunto de idéias por trás dos códigos.

Nesse sentido os múltiplos mecanismos de compreensão do texto escrito se entrelaçam durante o processo de “decodificação” a fim de permitir ao leitor – a partir de suas próprias escolhas e níveis de conhecimento – dar àquele a interpretação que mais se adéqüe ao contexto no qual está inserido ou à realidade por ele (leitor) vivida, resolvendo, dessa forma, e à sua própria ótica, ambigüidades reais ou aparentes.

Daí podermos dizer que “o significado de um texto não reside na soma de significados das palavras que o compõem”, “nem coincidem somente com o que se costuma chamar de ‘significado literal’.

A relação entre o leitor, os signos, o contexto, e a finalidade (objetivo) do texto escrito deve ser de tal forma “íntima” e dinâmica que permita àquele uma interação – ainda que indireta – também com o escritor a fim de que ambos (emissor e receptor) se sintam satisfeitos com a comunicação. Isso de fato ocorre quando a mensagem contida “além signos” é captada, a despeito da grande quantidade de significados das palavras que a compõem.

Somente a partir desse “modelo interativo de leitura” é que o leitor deixa de ser um sujeito passivo – regido meramente pelos signos e regras gramático-ortográficas – e passa à condição de sujeito ativo, ou seja, construtor coadjuvante da produção literária do autor (emissor), cooperando nesse processo de “reconstrução” do texto com seus próprios esquemas conceituais a partir de seu conhecimento do mundo e da realidade na qual ambos (texto e leitor) estão inseridos.

Assim, poderíamos sugerir que ler é ir além do que os olhos vêem; é navegar no imaginário daquele que se propõe a comunicar e descortinar a VERDADE contida no pensamento, seja ela a própria VERDADE ou a MENTIDA em forma de notícia ou de contos.

Prossigo para o Alvo... Fp 3:14

Bibliografia:
Colomer, Teresa; Camps, Anna. Ensinar a ler, ensinar a compreender. Porto Alegre: Artmed, 2002

Fontes:
Revista Veja - Ed. 2.168 - Ano 43 - Nº23
http://belverede.blogspot.com
http://pulpitocristao.com
http://jairoelin.blogspot.com

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