RAZÕES PARA COBRARMOS DE NOSSOS LÍDERES – NO MÍNIMO – A BUSCA PELA PERFEIÇÃO
"Sede Perfeitos como é perfeito o vosso Pai Celestial" (Mt 5.48)
Embora o homem decaído se tenha tornado IMPERFEITO em decorrência do pecado, o qual nos incapacitou de que fossemos por nós mesmos considerados justos e irrepreensíveis diante de DEUS (Rm 3.23), originalmente o Senhor não nos formou assim (Gn 1.26).
De sorte que apenas, e tão somente apenas, pelo sacrifício de Cristo (Hb 9.28; 10.10; 10.12) mediante a Ação Restauradora do Espírito Santo (Jo 16.8) em nossas vidas – uma vez reconhecido nosso estado pecaminoso e de miserabilidade – podemos ser considerados novas criaturas, hábeis, pelo processo da regeneração iniciado pelo próprio Cristo (Rm 7.6; 1Co 15.45; 2Co 5.17; Tg 3.5;), a produzirmos frutos dignos de arrependimento (Mt 3.8; Lc 3.8; Jo 15.16; Ef 5.9).
Podemos, então, depreender do pensamento acima que, conquanto seja DELE a missão de nos transformar, pelo milagre da regeneração (1Pe 1.3), de zambujeiros bravos em oliveiras verdadeiras (Rm 11.17), é nossa a incumbência de produzir frutos (Jo 15. 1-17), ou seja, de vivermos em PERFEITA novidade de vida (Rm 6.4) – dia após dia.
Portanto, aquele que furtava, não furte mais (Ef 4.28); aquele que mentia, não minta mais (Cl 3.9); aquele que defraudava, não defraude mais (Lc 19.8); se era invejoso, leviano ou soberbo, que não o seja mais (1Co 13.4); e todo o tipo de impureza que dantes procedia do coração do velho homem, desde “os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura”... Nada disso mais deve fazer parte da vida daquele que foi resgatado por Cristo para PROSSEGUIR ATÉ A PERFEIÇÃO! (Hb 6.1). E que "não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem." (Ef 4.29). Não são assim os que nasceram entre os espinhos, antes, “ESTES NÃO DÃO FRUTOS COM PERFEIÇÃO”. (Lc 8.14).
Daí que, conquanto não sejamos impecáveis; e de fato não o somos! Temos razões mais que suficiente para cobrarmos de nós mesmos, de nossos irmãos e, sobretudo de NOSSOS LÍDERES, uma vida irrepreensível e de busca pela PERFEIÇÃO:
“É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar” (1 Tm 3.2).
“... que guardes o mandato imaculado, irrepreensível, até à manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Tm 6.14).
“... alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados. Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível como despenseiro de Deus, não arrogante, não irascível, não dado ao vinho, nem violento, nem cobiçoso de torpe ganância.” (Tt 1.6-7).
“... de linguagem sadia e irrepreensível, para que o adversário seja envergonhado, não tendo indignidade nenhuma que dizer a nosso respeito.” (Tt 2.8).
“Porque nos regozijamos de estar fracos, quando vós estais fortes; e o que desejamos é a vossa PERFEIÇÃO.” (2 Coríntios 13:9).
“Por isso, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até à PERFEIÇÃO, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus.” (Hebreus 6:1).
O Apóstolo Paulo, em uma de suas epístolas – que tenho como texto áureo para minha vida – define com uma clareza ímpar qual deva ser o propósito do crente no que diz respeito à PERFEIÇÃO:
“E seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé; para conhecê-lo, e à virtude da sua ressurreição, e à comunicação de suas aflições, sendo feito conforme a sua morte; para ver se de alguma maneira posso chegar à ressurreição dentre os mortos. Não que já a tenha alcançado, ou que seja PERFEITO; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Por isso todos quantos já somos PERFEITOS, sintamos isto mesmo; e, se sentis alguma coisa de outra maneira, também Deus vo-lo revelará. Mas, naquilo a que já chegamos, andemos segundo a mesma regra, e sintamos o mesmo. Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam. Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas. Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, Que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.” (Fp 3. 9-21). Grifos nossos.
Que nossas IMPERFEIÇÕES não sejam usadas como muletas para nossos DESVIOS... Sabendo que DEUS não tem por inocente ao culpado.
Não estou seguro de que este seja o sentimento de alguns dos LÍDERES que aí estão... E certamente Paulo também não estava!
Prossigo para o Alvo... Fp 3.14
9 comentários:
Passei e vi seu blog e gostei, quero deixar um convite: Isto é, se o desejar, gostava que fizesse parte dos meus amigos virtuais no meu blog Peregrino e Servo. É um blog evangélico, falamos de várias coisas, e é a intenção ajudar a cada pessoa a ser mais feliz, este blog foi feito a pensar na sua felicidade, pretende também aproximar mais a criatura do seu Criador. Obrigado.
Paz, António...
Já estou seguindo o Peregrino... Deus te abençoe!
Prossiga nos visitando e comentando.
Em Cristo,
PPA
Parabéns pelo blog irmão Robson. Mensagens edificantes. Que a potente mão do Senhor esteja contigo sempre!!!
Bom texto, Robson. Para mim, estão claras duas verdades na Bíblia: 1ª) somos pecadores, ou seja, sempre seremos imperfeitos nesta vida; 2ª) o cristão deve almejar a perfeição, pois Deus o inclina a isto. Um abraço.
Caro Robson.
Se a minha memória não estiver equivocada, para a palavra “perfeito”, em Mateus 5.48, é “teleios”. O termo conota “estar maduro”, ser uma pessoa completa.
É natural que o liderado tenha aquela expectativa de que as lideranças evangélicas busquem a perfeição. Eu tenho esta expectativa em mim também. Mas, com o passar dos anos,29 anos convertido, bem perto de alguns ministérios pastorais, percebi que praticamente a maioria que faz parte da liderança não é portadora do “teleios” de Mateus 5.48.
Eu não faço ativismos com o objetivo de corrigir os líderes “incompletos”, porque compreendo que a apologia bíblica se faz com advertência e apontamentos de soluções, que chegam às vias da efetividade, aponta erro e o elimina de uma vez por todas.
Como amante da Palavra de Deus, tenho dentro de mim uma espécie de análise que chamo de “certificado pastoral”, porque para ser realmente pastor não basta usar o prenome pastor, é necessário estar de acordo com a condição que o Novo Testamento exige.
Entendo que todo líder deve passar no crivo de 1 Timóteo 3.1-7. Para mim, só aquele líder que preenche o requisito bíblico é de fato um pastor, os outros apenas levam o prenome consigo. Quando o líder não passa nesses requisitos, no interior de meu coração, eu não o considero como pastor, considero-o réprobo na fé.
Não faço ataques pessoais contra os tais réprobos. Até porque o Novo Testamento também reprova aqueles que o ungiram ao pastorado (1 Timóteo 5.22).
Eu cuido para estar afastado dessas pessoas, na relação líder e liderado. Entendo que é espiritualmente saudável eu e minha família não ter laços como membros da congregação dessa gente.
Eu observo o Novo Testamento, olho para a vida familiar de pastores assembleianos, infelizmente em muitos casos há uma flagrante falha na vida familiar deles. Isso é trágico, porque eles têm a obrigação de exercer uma vida de bons exemplos em tudo.
De cada 10 pastores quase a metade está em falta no requisito bíblico de 1 Timóteo 3.1-7. Eu me entristeço porque tenho ouvido a classe de obreiros tentando minimizar essa crise espiritual, fazer interpretação bíblica torcida, favorável a eles. Não há o que interpretar, o texto é claro e direto.
Veja as letras maiúsculas em minha digitação abaixo, elas apontam para o problema que eu comento, existem exceções, mas o problema está presente dentro da denominação AD.
“Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja IRREPREENSÍVEL, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, APTO PARA ENSINAR; não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento; QUE GOVERNE BEM A SUA CASA, TENDO SEUS FILHOS EM SUJEIÇÃO, com toda modéstia (porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?); não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo. CONVÉM TAMBÉM QUE TENHA BOM TESTEMUNHO DOS QUE ESTÃO DE FORA, para que não caia em afronta, e no laço do diabo. “ - 1 Timóteo 3.1-7.
Não pretendo descrever os problemas pastorais nominando pessoas. O que mais ocorre são pastores da AD falhando como pais (não incluo outras denominações por desconhecê-las).
Existe uma geração de líderes incapazes de evangelizar os membros de suas casas. Enquanto crianças os filhos os acompanham à ida aos cultos, na adolescência esses filhos se afastam da igreja.
Então, esses pastores fracassados como pais de família, feito Pilatos de mãos limpas, dizem que cada um dará conta de si mesmo a Deus, desprezando o que a Bíblia Sagrada declara. Provérbios 22.6, promete “Ensina ao menino o caminho que deve andar e quando crescer não se desviará dele.”
Termino relatando dois casos críticos, os quais ocorreram em famílias relativamente de perto de mim. Além desses casos críticos, existem muitos outros casos, cujos filhos se afastaram da igreja e vivem suas vidas como bons cidadãos. Pelo lado social, o dever dos pais é dever cumprido nesses casos não críticos, mas pelo lado da fé, é um fracasso total.
Primeiro caso crítico: na década de 1990, quatro adolescentes, filhos de um pastor, tiveram mortes trágicas: dois, consumidores de drogas, foram chacinados; um terceiro recebeu facada fatal em mesa de bilhar de um bar; outro morreu como homossexual vítima de AIDS.
Três anos atrás, aproximadamente, um filho de pastor morreu a tiros da polícia, durante um assalto que não deu certo ao Banco Bradesco, a agência foi cercada por carros da Rondas Tobias de Aguiar (ROTA) e o bando não conseguiu empreender fuga. Morreram todos!
Pois é, continuo com a expectativa de que aumente o número de pastores portadores do "teleios", entretanto, sem jogar na cara deles que são falhos como pais, embora a Bíblia afirme que basta ensinar as crianças para que elas não se desviem dos caminhos do Senhor.
Abraço.
E.A.G.
http://belverede.blogspot.com.br
Errsta:
Se a minha memória não estiver equivocada, para a palavra “perfeito”, em Mateus 5.48, é “teleios”. O termo conota “estar maduro”, ser uma pessoa completa.
Retificação:
Se a minha memória não estiver equivocada, para a palavra “perfeito”, em Mateus 5.48 no idioma oroginal em que o NT foi escrito, o grego, é “teleios”. O termo conota “estar maduro”, ser uma pessoa completa.
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