Rádio Rhema Online

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

MAIS DO QUE UMA SIMPLES HOMENAGEM: UMA PROVA DE AMOR!

“Assim diz o Senhor, o Todo-poderoso: Eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas.” 2Co. 6:18.


Em um culto glorioso, marcado pela inegável presença do Espírito Santo de Deus, nossas crianças, adolescentes e jovens apresentaram na noite de ontem um belíssimo jogral, seguido de um belíssimo cântico espiritual que nos envolveu de forma mansa e serena. Foi como se o próprio Deus, o Pai Celestial, nos agraciasse com o maior e mais belo presente que um pai pode receber, a alegria de partilhar a presença Santa do Senhor ao lado de seus filhos.

Todo o dia de ontem foi para nós papais um dia de glória. A atenção, o cuidado, os abraços e beijos; tudo isso é muito maravilhoso. No meu caso, em especial, foram três aconchegantes pares de braços a me cercar de forma tão afável e carinhosa que quase não me contive a cada gesto amor.

Nesses dias as lembranças tristes de um passado não muito distante, que insistem em afligir nossa alma, são sufocadas pela alegria de termos ao nosso lado “criaturinhas” especiais, que muito nos lembram a nós mesmos, quando em nossa tenra idade saltávamos sobre o colo de papai e beijávamos seu rosto alegre – às vezes marcado pela dor, que as agruras da vida lhe impuseram. Só então sentimos o peso da responsabilidade que nos é confiada pelo Pai Celestial.

Somos constrangidos a refletir sobre qual o nosso papel na vida desses pequeninos, que desde o primeiro chorinho, ainda na maternidade, instintivamente, reclamam nossa presença. A pergunta que se forma neste momento é: onde estamos nós nessa hora?

A apresentação das crianças no culto retratava quatro tipos diferentes de pai: o executivo, o analfabeto; o desportista e o intelectual.

1. O primeiro, o pai executivo, é ocupado com as muitas atividades profissionais; luta dia-a-dia pelo bem estar de sua família, tendo sempre em reserva uma boa quantia de dinheiro, para socorrê-la nos momentos de aperto, mas quando solicitado está casado e afadigado, não tem tempo para devotar a seu filho a atenção que este lhe requer;

2. O segundo, o pai analfabeto, é um lutador; antes que o galo cante ele já está de pé; a roça é sua sina, e dia após dia, trabalhando de forma exaustiva, luta para que seu filho tenha uma boa formação e seja “alguém na vida”; mas cansado e afadigado, não tem tempo para devotar a seu filho a atenção que este lhe requer;

3. O terceiro, o pai desportista, é um apaixonado por futebol; não perde uma partida de seu time, além de acompanhar todas as rodadas dos principais campeonatos nacionais e internacionais. Afixionado, sempre leva o filho a todos os grandes eventos, mesmo os que não são do interesse daquele, vestindo-lhe da cabeça aos pés com as cores de seu time, mas nunca dispõe de tempo para uma “peladinha” a dois com o filho, e então, cansado e afadigado, não devota a seu filho a atenção que este lhe requer;

4. O quarto, o pai intelectual, é um gênio; amante da boa leitura está sempre por dentro das notícias; domina vários idiomas e mantém sempre em ordem sua preciosa biblioteca, na qual até reserva um espaço especial para os muitos livros presenteados a seu filho, embora nunca os tenham lido juntos. Por fim, quando o filho o pede que lhe conte uma história para dormir, o pai já cansado e afadigado, não tem tempo de devotar a seu filho a atenção que este lhe requer.
Confesso aos irmãos que fiquei bastante tocado pela mensagem transmitida na apresentação de nossas crianças. Certamente que o que ali estava sendo retratado é a mais pura, e dura realidade, da qual nós pais fazemos parte, mas com a qual muitas vezes preferimos não nos identificar.

O que querem de nós afinal de contas, senão um minuto de atenção (uma hora já é um bom começo); um beijinho; um afago; um carinho. Seria pedir muito?

Que o Senhor nos ajude a cumprirmos com maior dedicação e desvelo a missão que nos foi confiada, de imprimirmos em nossos filhos marcas que verdadeiramente contribuam para a formação do bom caráter cristão; que nossos abraços os envolvam e os façam exalar o bom perfume de Cristo (2Co.2:15); que nossas palavras os auxiliem na constituição de uma mente sadia e santa, a mente de Cristo (1Co.2:16); e que em nossos simples gestos, eles possam ver a grandeza e a opulência de um bom soldado de Cristo (Ef.10,11).

Que o Senhor nos ajude e nos abençoe.

1 comentários:

Eliseu Antonio Gomes disse...

Sem dúvida é uma bênção de Deus gozar da paternidade.

Minhas duas filhas, ao apresentar ao Senhor, agradeci e pedi sabedoria para elas também fossem minhas filhas espirituais.

Hoje, uma com 19 é universitária e faz parte dos louvores e a outra, com 6 vai pelo mesmo caminho admirando a maior.

Deus abençoe você e também sua família.

A paz do Senhor.

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