PROSSIGO [NA CONTRAMÃO] PARA O ALVO...

Já de algum tempo a humanidade vem passando “terríveis” transformações ideológica, social, cultural e religiosa.

Digo terrível não por entender que transformações não sejam necessárias ou benéficas, afinal, o homem é um animal social em constante transformação, ou como diria Paulo Freire “Um ser inacabado”, e disso não resta a menor dúvida. A imperfeição é algo inerente a todas as gerações pós adâmica.

Acerca deste mister ensina o apóstolo Paulo em sua carta aos Filipenses: “ O qual transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.” (Fp 3:21).

No entanto, não é apenas ao corpo físico que o apóstolo faz referência, ele fala também das transformações psicológicas, culturais e sobretudo espirituais. O mestre entre os gentios parece caminhar na “contra mão” – não confundir com retrocesso – das transformações experimentadas pelo mundo de sua época, admoestando tanto àqueles quanto aos que haveriam de vir a não se conformarem com os padrões e regras ditadas ou impostas pelo mundo. Vejamos:

“Não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” (Rm.12:2).

Notem que o apóstolo faz menção à “boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” e não aos anseios, desejos, vontades, concupiscências e outras inquietações do homem.

Mas não é o que temos visto acontecer. A humanidade parece caminhar numa marcha acelerada, ininterrupta, transloucada, em direção a uma grande e espaçosa porta que conduz a um grande e terrível abismo... Nada pode detê-la; nada pode refreá-la.

A pergunta que faço é:

Seguiremos porfiando por entrar pela porta estreita ou nos renderemos ante os apelos da grande muldidão?

Prossigo [na contramão] para o Alvo... Fp. 3:14