Pouco tratado nas “cirandas evangélicas” de debates doutrinários, o abuso sexual contra crianças tem se mostrado um tema altamente relevante, mesmo nas searas onde a prática de tal ato é quase que impensável.
Quem poderia imaginar um pedófilo estuprador nos meandros das comunidades evangélicas?
No entanto, é importante salientarmos que o pecado atinge todas as áreas sociais, emocionais, morais e psíquicas do ser humano. Razão pelo qual muitas vezes nos deparamos com irmãos considerados “acima de qualquer suspeita” praticando atos reprováveis, repulsivos e inimagináveis para um cristão.
Poderíamos falar aqui de fornicação, prostituição, adultério... Estes, porém, tornaram-se tão “corriqueiros” nos últimos anos que, em muitos púlpitos, deixaram de ser combatidos, exortados e punidos com a severidade recomendada pela Palavra de Deus.
Não estou falando de apedrejamento, é claro! Mas da justa disciplina, dosada de uma boa dose de doutrina bíblica, aos moldes daquela recomendada pelo Apóstolo Paulo aos Presbíteros da Igreja Primitiva:
“Aos que pecarem, repreende-os na presença de todos, para que também os outros tenham temor” (1Tm. 5:20);
“Conjuro-te, pois, diante de Deus, e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino; prega a palavra, instes a tempo e fora de tempo, admoesta, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e ensino. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo coceira nos ouvidos, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças; e se recusarão a dar ouvidos à verdade...” (2Tm. 4:1-4a).
O próprio Senhor Jesus Cristo proferiu as seguintes palavras de repreensão:
“Eu repreendo e castigo a todos quantos amo. Portanto, sê zeloso, e arrepende-te.” (Ap. 3:19).
Bem, mas voltemos ao tema principal.
Recentemente aqui em Vargem Grande, uma menininha de 11 anos foi raptada enquanto ia para escola pela manhã. Todos ficaram atônitos com o desaparecimento da garota, e passados quase dois dias inteiros da busca, a criança foi encontrada morta a pedradas após ter sido vítima de abuso sexual.
Para surpresa de todos, o agressor era um homem de aproximadamente 50 anos, freqüentador da casa da vítima, amigo íntimo da família e, PASMEM!, membro de uma Igreja Evangélica. Foi um choque para toda a família e para a comunidade evangélica local. Há suspeitas, inclusive, de que a própria enteada (adolescente) do agressor tenha sofrido abuso até bem pouco tempo.
Outro caso que me recordo - acontecido aqui mesmo no bairro em meados de 1996/97 -, se deu em uma igreja na qual congreguei. Nesse, um pai cristão que, separado da mulher e convivendo com sua mãe (vó da criança), detinha a guarda da filha adolescente, mantendo com esta uma relação marital.
O caso foi descoberto e denunciado à polícia. A jovem chegou a engravidar e o pai foi preso. Mais tarde, para completar a tragédia que recaíra sobre aquela família, a jovem assassinou o próprio filho (fruto do incesto) e, presa, enforcou-se na cadeia.
Amados, a Bíblia nos ensina de forma clara e precisa que a obra do diabo não é outra senão MATAR, ROUBAR E DESTRUIR, portanto, é preciso estarmos atentos a cada movimento, brusco ou mesmo sultil, que este faça contra a Igreja de Cristo ou mesmo contra a sociedade em geral, sobretudo quando em se tratando de crianças. É preciso que sejamos mansos como pombas, mas prudentes como serpentes! "Eu vos envio como ovelhas ao meio de lobos. Portanto sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas" (Mt. 10:16)
Cristo nos deixou uma severa advertência em forma de sentença, para a qual devemos atentar com a máxima diligência:
"Mas aquele que escandalizar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor seria que pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e se precipitasse no mar." (Mt. 18:6)
Abordando com muita propriedade o tema Abuso Sexual contra Criança, a Dra. Carla Oliveira esclarece que: "Na grande maioria dos casos de abuso sexual contra crianças, o agressor é um parente ou conhecido da família.". Além disso, "o abuso sexual não ocorre somente em classes sociais e econômicas menos favorecidas. E, ao contrário do que se imagina, esse crime não é praticado por marginais ou desequilibrados mentais. Pesquisas mostram que o abuso acontece em todas as camadas da sociedade e, em cerca de 80% dos casos, o agressor é alguém da família ou um conhecido da criança.".
De acordo com a Dra., "o abuso geralmente ocorre através de um jogo de poder em que uma pessoa faz da criança seu objeto de desejo, transgredindo os limites de sua sexualidade..., sendo em geral, a vítima do sexo feminino e o agressor, do sexo masculino. O agressor se vale principalmente da força e do poder que ele exerce sobre a criança que, em sua ingenuidade, não é capaz de perceber o que acontece, e também da relação de confiança que estabelece com ela, que é a confiança inerente da criança no adulto. O agressor pode ser um tio, um avô, um primo, um vizinho, um irmão, um amigo íntimo da família, um professor, o padrasto ou até mesmo o pai da criança.".
Para obter maiores informações sobre o tema e obter a íntegra do referido artigo, acesse http://www.clicfilhos.com.br/site/display_materia.jsp?titulo=Abuso+sexual+contra+crian%E7as#autor
Que o Senhor nos ajude no cuidado com nossas crianças.
Em Cristo,
Robson Silva de Sousa
Pai de Leonardo (13), Rodrigo (11) e Laura (8)
Todas as referências bíblicas citadas neste artigo tem como fonte a BÍBLIA DE REFERÊNCIA THOMPSON, Edição Contemporânea - Editora Vida - 1996
Rádio Rhema Online
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
DOS TAIS É O REINO DE DEUS...
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