O Prossigo para o Alvo entrevistou o Pr. Carlos Roberto Silva, coordenador regional do MINHA ESPERANÇA BRASIL em São Paulo, que fez uma avaliação do projeto e sua importância no cenário evangelístico nacional.
PPA: Li recentemente uma postagem vossa no Blog Point Rhema cujo tema é: "Minha Esperança Brasil aviva o agonizante evangelismo pátrio". A partir dessa ótica, como coordenador regional (SP) o senhor considera que o Brasil falhou em sua missão no que concerne ao projeto Minha Esperança?
CRS: Não! De forma alguma. A Igreja brasileira não falhou! A minha análise é que, ainda que os resultados sejam os melhores do projeto até aqui em comparação com as edições anteriores em outros países, será muito menor do que a nossa real possibilidade.
PPA: Temos visto por todos os cantos a chamada "coisificação" do evangelho com produtos rotulados (trade marks), contratos, parcerias, celebridades gospel etc. Essa "vulgarização" desenfreada do cristianismo não tem sido prejudicial ao evangelho, ao contrário do ocorrido nos dias do apóstolo Paulo (em Fp. 1:12-26)? Como isso afetou o MEB?
CRS: O projeto MEB é evangelho puro, sem aditivos, sem "coisificação" como vc. bem definiu, sem amuletos, sem misticismos, sem quinquilharias religiosas. Quem esperava essas coisas, pode verificar que o evangelho puro é Poder de Deus e não precisa desse "glamou golpel". As conversões são a prova disso.
PPA: Considerando que muitas cidades e capitais brasileiras para onde o MEB foi transmitido são constituídas de áreas urbanas de alta concentração de trabalhadores em trânsito (24 horas por dia), como o senhor avalia os dias e horários definidos pelo projeto? Foram os mais adequados? Essa questão foi ventilada pela coordenação geral?
CRS: Não sei como a Coordenação Geral avaliou essa questão do horário, porém acredito que a escolha foi feita a partir do horário nobre da TV, onde existe o pico de audiência. Se o projeto era pela TV, logicamente teria que ser mesmo nesse horário, quando a maior parte das famílias está em frente o televisor.
PPA: O senhor comenta em seu artigo que dificilmente nossa geração terá a chance de participar de outro evento dessa magnitude. Há algum plano ou projeto elaborado ou em andamento no sentido de dar seqüência ao MEB em menor escala ou de forma localizada? O que deverão fazer aqueles que se empenharam na realização do MEB para que a semente plantada, tanto quanto os frutos já colhidos não definhem, como é comum acontecer após o encerramento de muitos mega eventos evangelísticos?
CRS: O Projeto Minha Esperança está rodando o mundo, por isso não tenho conhecimento de qualquer planejamento de retorno ao Brasil, ou melhor, se acontecer antes da volta do Mestre amado, deverá demorar muito. Acredito que devemos aproveitar o movimento das águas e não deixar morrer o fervor evangelístico despertado pelo projeto. No que depender do meu desejo e empenho, estarei incentivados pares de Ministério para que tenhamos projetos similares no âmbito ministerial e quem sabe até convencional.
PPA: A despeito do resultado global do projeto MEB, o senhor considera que os resultados individuais de cada ministério envolvido deverão ser utilizados por suas lideranças como um norteador para um reposicionamento ou reavaliação do comprometimento dessas igrejas com o a obra evangelística?
CRS: Hoje mesmo tivemos uma reunião geral com todas as lideranças da convenção, quando utilizamos boa parte do tempo fazendo uma análise preliminar dos resultados, bem como avaliando atitudes positivas e negativas, no sentido de confrontar nossa realidade com as necessidades, de forma que possamos voltar às bases bíblicas do IDE.
PPA: Com relação mais especificamente às igrejas Assembléia de Deus, sendo o senhor vice-presidente de um ministério ligado à CGADB e também vice-presidente da COMADESPE, de 1 a 10 como o senhor classificaria o envolvimento das AD no projeto MEB?
CRS: A avaliação é bem pessoal, mas acredito que em virtude do estado de letargia evangelística que estamos vivenciando, a nota de participação é 5. E Glória a Deus por isso, mas bem que poderíamos dobrar.
PPA: Para finalizar, ouvi-te dizer pessoalmente em um dos encontros de lideranças que não obstante o elevado custo para realização do projeto MEB, se tão somente uma alma aceitasse a Cristo como Salvador, já teria valido a pena, afinal qual o preço de uma alma. Diante dos testemunhos e resultados parciais até então verificados o senhor mantém esse posicionamento?
CRS: Mantenho! Não há a menor dúvida que valeu muitíssimo o projeto!
As conversões foram o ponto alto e de valor inalcauculável, mas o despertamento evangelístico na Igreja evangélica brasileira, trazido pelo MEB, a meu ver, jamais seria alcançado por qualquer iniciativa nacional, por mais bem planejada que fosse. Teríamos dificuldades regionais, denominacionais e outras qaue impediriam o sucesso, portanto, valeu.
PPA: O Prossigo para o Alvo agradece a atenção do estimado pastor e reitera o apreço por vosso trabalho, dedicação e sinceridade com que aborda os mais variados temas sejam eles religiosos, sociais, políticos etc. Fica o espaço aberto para suas considerações finais.
CRS: Que a Igreja evangélica brasileira entenda que, não existe maior movimento do que o evangelismo nato. É oxigênio nas veias, é crescimento, é vida no seio da Igreja.
Evangelismo é a consciência do dever cumprido da Igreja. Depois disso só o Ensino da Palavra, a oração e o louvor genuino. Que me perdoem os que pensam ao contrário, para mim o restante é recheio e entretenimento.
Que o Senhor abençoe nosso estimado pastor e toda equipe do MINHA ESPERANÇA BRASIL
Prossigo para o Alvo... Fp. 3:14
Rádio Rhema Online
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
ENTREVISTA COM O PR. CARLOS ROBERTO SILVA...
Postado por ROBSON SILVA às 00:40
Marcadores: ENTREVISTA, MINHA ESPERANÇA BRASIL
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