Rádio Rhema Online

sexta-feira, 3 de abril de 2009

SALVAR COMO...

A HISTÓRIA DE UMA VIDA ESCRITA EM EDITOR DE TEXTO... SALVAR COMO?

Hoje pela manhã, enquanto passava o café e preparava a mesa para o matinal, lembrei-me de meus avós, os quais perdi há 12 anos (quase 13). Um casal fantástico!

Ela franzina, baixinha, uma gracinha. De uma sobriedade inigualável, um trajar impecável e um amor que não se pode expressar com palavras. Minha vovozinha nos proporcionou em vida tudo o que uma avó pode oferecer aos netos – quem é neto sabe do que estou falando; quem é avó também. A irmã Nair, como era conhecida, partiu para a eternidade em 1º de setembro de 1996, aos 67 anos, após um AVC fulminante.

Já meu avô era um homem corpulento, de seus quase 1,80m, sisudo, de posição firme e equidade indescritível, às vezes
era tido por resmungão, mas era uma doçura de pessoa. Homem de coração bondoso, acolhedor e sempre pronto a perdoar; resistiu a dois enfartes, mas não à perda da mulher amada... O irmão Manoel Fabrício foi recebido pelo Senhor em 15 de outubro de 1996, aos 69 anos – 45 dias depois da partida da vovó.

Passados quase treze anos não há como não me emocionar ao recordar os momentos felizes, as “algazarras”, as travessuras, os hinos entoados a sala de estar... Ela em sua poltrona de madeira preferida no canto da sala, ele deitado no sofá de três lugares e nós (os netos) espalhados pelo chão ao som de Feliciano Amaral, que insistia em invadir nossas mentes e corações com seus belos cânticos de louvor ao Trino Deus: “Entregue a Deus as suas horas tristes, quando ninguém o pode confortar...”; ou de Oséias de Paula em seus tempos áureos: “Entrei no templo, dobrei os meus joelhos, para conversar com o Senhor...”. Que alegria! Que prazer! Que Glória!
São momentos históricos, registrados em nossas memórias e nos anais celestiais que jamais serão apagados. Estão salvos!

A essa altura talvez você esteja se perguntando o porquê da frase no caput desse artigo, e eu explico:


Após tomar o café, liguei meu computador, li os e-mails, dei uma “sapiada” nos blogs de alguns companheiros e comecei a refletir sobre a vida do homem sem Deus.
Lembrei-me que entre os muitos LPs (de vinil) evangélicos de minha avó havia um na voz de Jair Pires que dizia: "Eu comparo a vida do homem sem Deus como a folha seca caida no chão que vai para onde o vento levar, tudo é tristeza, tudo é solidão...".

A diz Bíblia no Salmo 90 que nossas vidas passam “como um sono; de manhã são como a erva que cresce. De madrugada floresce e cresce; à tarde corta-se e seca.” (vs. 5 e 6). Diz ainda que “os dias da nossa vida chegam a setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando." (v.10).


Fiquei imaginando a história de uma vida contada de forma escrita em um editor de texto - como estou fazendo agora - e lembrei-me das inúmeras vezes quando estive preparando algum trabalho de faculdade, ou mesmo um artigo para o blog e
no meio do caminho o computador deu “tilt” sem que eu houvesse salvado o arquivo. Tanto trabalho, tanta energia, tanto desgaste mental para no fim perder tudo por causa de uma simples decisão não tomada: “Salvar no início”.

Hoje vemos centenas de milhares de pessoas que vivem suas vidas e escrevem suas histórias, porém, sem qualquer preocupação com o que pode lhes acontecer. Alguns não conseguem sair sequer da introdução ou da primeira página e já são deletados. Outros são vítimas de panes inesperadas (embora previsíveis) e não conseguem concluir seus objetivos. Algumas histórias não passam de “rabiscos”; não têm sentido algum; são ininteligíveis, embora escritas com a mesma “sopinha de letras” que retrata as vidas de alguns ilustres NOTÁVEIS.


A verdade, no entanto, é todo aquele que vive sua vida longe de Deus, e que não aceitou a Cristo como seu Único e Suficiente Salvador é como um arquivo de editor de texto que reporta a trajetória, os feitos, as alegrias, as tristezas, as conquistas e decepções de uma vida, porém, sem ser salvo. A qualquer momento pode ser deletado, sofrer um blackout, ser corrompido por um vírus e se perder para toda a eternidade "entre os milhares de bits e bytes da vida".


Não existe auto-salva para aquele que não aceitou a Salvação antes de ser “desligado”. É preciso reconhecer que o Senhor Jesus é o Único capaz de nos assegurar uma vida eterna, longe de todas as mazelas dessa vida, ao lado do Criador.


Que possamos como o salmista pedir ao Senhor: “Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios” e, “seja sobre nós a formosura do SENHOR nosso Deus, e confirma sobre nós a obra das nossas mãos; sim, confirma a obra das nossas mãos." (Salmo 90:12; 17).


Faça isso ainda hoje e deixe JESUS mudar o curso da tua história.


Meus avós fizeram! E eu também!


Prossigo para o Alvo... Fp. 3:14

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