Até que ponto vai a inocência ou a ingenuidade de um cristão?
Certa feita o Senhor Jesus dirigindo-se aos seus discípulos e disse-lhes: “Portanto sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas.” (Mt 10:16).
Sem querer me aprofundar na exegese do versículo em questão ou em seu contexto (não haveria espaço para tanto), temos de convir que o Senhor estava transmitindo um alerta aos seus alunos; um chamamento à prudência e à perspicácia. Tal, ensinamento certamente se estende aos nossos dias, ainda mais quando se aproxima a chegada do iníquo.
Infelizmente – e não quero aqui fazer juízo de valores ou sair em defesa dos enganadores deste século –, muitos crentes que hoje se colocam na condição de vítimas de golpes aplicados por pessoas que se dizem crentes em Jesus, o fizeram à surdina; na calada noite; na moita.
Fizeram-no “crentes” de que levariam alguma vantagem, sem ao menos atentar para a verdade diante de seus olhos, a de que, a despeito da suculência do fruto oferecido (boa para se comer e agradável aos olhos. Gn 3:6)), lhes aguardava uma terrível arapuca. Caíram no engodo de Satanás!
A minha dúvida é: Estariam mesmo estes “inocentes cristãos” sendo enganados, ou enganando-se a si mesmos?
Recentemente fui procurado por alguém que se queixou de haver sido enganado por seu advogado quando da solicitação de sua aposentadoria há dez anos, o qual teria “esquentado” sua carteira de trabalho com o acréscimo de alguns “aninhos” de contribuição para obtenção da integralidade do benefício do INSS.
Passado esse longo período fora chamado a prestar contas à Auditoria do INSS por não constar nos registros da Seguridade Social o tempo de contribuição necessário para concessão da aposentadoria. Notem: 10 anos depois!
Inocência ou “experteza”?
É também o caso das Faculdades Teológicas que oferecem o título de Bacharel em Teologia com DIPLOMA RECONHECIDO pelo MEC sem terem sequer AUTORIZAÇÃO para o funcionamento do curso. E quando autorizados, não conseguem a excelência ou a qualificação mínima necessárias para o RECONHECIMENTO. Sequer estão dispostos a cumprirem as exigências do Ministério.
Este é um tema que há muito venho debatendo com amigos e irmãos, falando em nossas rodas de bate-papo, bem como publicando em meus blogs. VER: MEZTRES E DOLTORES e É legal ficar atento .
Amados, a argúcia de alguns se manifesta a partir da “experteza” de outros.
Há, no entanto, uma diferença gritante entre AUTORIZADO e RECONHECIDO. Alguém poderá, por exemplo, ser autorizado por seu pastor a cuidar do rebanho durante um curto período de ausência deste, mas jamais será reconhecido pelo ministério como pastor se antes não for consagrado e homologado o reconhecimento de sua consagração.
Logo, não seria racional imaginar que um curso promovido por uma instituição de ensino teológico, cuja autorização para funcionamento sequer foi protocolada junto ao MEC, seria competente para emitir um DIPLOMA RECONHECIDO pelo órgão maior de Educação Superior no Brasil, a saber, o Ministério da Educação e Cultura através de sua Secretaria – a SESU.
A verdade é que muitos “expertinhos” revestidos de “santa inocência” tentam se valer da rapidez e da conveniência oferecida por instituições “fundo de quintal”, na esperança de obterem, através do chamado “quebra”, “jeitinho brasileiro”, “cafezinho”, ou seja lá que raios de nome queiramos dar à pratica corrupta do pagamento de propinas em benefício próprio ou alheio, um TÍTULO DE GRADUAÇÃO ou FORMAÇÃO SUPERIOR.
Na internet há centenas, se não milhares, de Cursos Teológicos oferecendo DIPLOMA OFICIAL RECONHECIDO pelo MEC para pastores, missionários, teólogos, Mestres em Divindade, PhD em Espírito Santo... PhD em Espírito Santo? Que raios de Título é esse? Mas sempre tem quem compre, pela módica quantia de R$1.500,00 parcelados em 12X sem juros no cartão de crédito... Hipócritas!
E que não me venham com desculpinhas do tipo: “Eu não sabia...”; “Eu pensei que...”; “Eu confiei na palavra do irmão, do pastor...”. Já dizia o amigo do “homem morcego”: “Santa inocência, Batman!”.
Amados, EDUCAÇÃO é coisa séria! E quando se trata da Educação Cristã então, o rigor torna-se ainda maior. Haja vista o número de Cursos Teológicos RECONHECIDOS no país.
Em que pese o fato de um crescente número de cursos terem sido abertos e AUTORIZADOS pelo MEC nestes últimos anos, é pífio o número daqueles que adquirem RECONHECIMENTO, seja pela burocracia – como querem crer alguns –, seja pelo relaxo dessas instituições. O próprio Ministério da Educação já ganhou qual é a desses vendedores de títulos, mas nossos incautos “hermanos” ainda insistem em comprar facilidade. Duplamente hipócritas!
É certo, porém, que há instituições sérias sim, cujo processo de RECONHECIMENTO ainda está na dependência de ajustes burocráticos criados pelo próprio sistema como uma forma de limitar o alcance e a abrangência da ocupação cristã em algumas esferas do poder. Entenda-se: concursos e nomeações para cargos públicos para o graduado em Teologia.
No entanto, todo aquele que quiser dar um JEITINHO para obter facilidades nesse processo, deverá suportar o ônus – e no caso do cristão o resultado fatídico é líquido e certo –, de sofrer um revés: CAIR NO LAÇO DO PASSARINHEIRO!
Que o Senhor tenha misericórdia dos tais, e faça justiça para com aqueles.
Do Senhor é a vingança! (Sl 94:1)
Prossigo para o Alvo... Fp 3:14
Em tempo: Para obter informações sobre cursos de Teologia com AURORIZAÇÃO e RECONHECIMENTO junto ao MEC na sua cidade, acesse o site do MEC.
Você também pode saber mais sobre o Ensino Superior através do INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais um portal para consulta de instituições de ensino superior credenciadas junto ao MEC com informações precisas sobre seus cursos, requerimento, reconhecimento e avaliação.
Rádio Rhema Online
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
PhD EM INGENUIDADE...
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