Rádio Rhema Online

sábado, 28 de agosto de 2010

AINDA DÁ TEMPO DE ABORTAR... O SEU VOTO!

Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB lança apelo contra a descriminalização do ABORTO.

“RECOMENDAMOS encarecidamente a todos os cidadãos e cidadãs brasileiros e brasileiras, em consonância com o art. 5º da Constituição Federal, que defende a inviolabilidade da vida humana e, conforme o Pacto de S. José da Costa Rica, desde a concepção, independentemente de sua convicções ideológicas ou religiosas, que, nas próximas eleições, dêem seu voto somente a candidatos ou candidatas e partidos contrários à descriminalização do aborto.” (LEIA NA ÍNTEGRA)

Um dos temas mais intrigantes e complexos de se discutir nas “cirandas evangélicas”, dentre outros, tem sido, ainda, o ABORTO. Em partes pela limitação ou total ignorância de nossas lideranças em relação ao tema; em partes pelo incômodo que ele causa às muitas mulheres favoráveis à sua legalização (do aborto) – evangélicas inclusive.

Muito se fala de homossexualismo ou homossexualidade, e do risco de temo-lo mais “ativo” do que nunca dentro de nossos umbrais. Fala-se de pastores divorciados – quase sempre em defesa destes. Fala-se da regulamentação do oficio sacerdotal como profissão – pouco, mas se fala. Do reconhecimento de Cursos de Teologia pelo Ministério da Educação... Enfim.

Mas o que pouco, ou nada se fala – eu pelo menos nunca ouvi sendo tratado em nossas catedrais – é do grave problema dos abortos voluntários praticados em clínicas clandestinas por milhares de mulheres, jovens e adolescentes em praticamente todo o território nacional, sob as barbas e ao arrepio da Lei, da segurança pública (de saúde inclusive) e da verdadeira Defesa do Direito à Vida.

Em que pesem os movimentos pelos Direitos Humanos da mulher grávida de poder decidir pelo futuro de seu corpo, numa demonstração explícita de puro egoísmo, desdém para com a vida do nascituro e total desrespeito à norma jurídica pátria (vide art. 5º, CF/88; art. 2º, CC/02; art. 124, CP/41; art. 7º, ECA/90 etc.), sou forçado a lembrar-lhes de que a razão de estarmos aqui discutindo essa questão é o “simples” fato de não termos nos tornado no passado produto de um aborto. Dá um nó na garganta só de pensar! E nem estamos falando, ainda, do regramento contido nas Sagradas Escrituras e no que à ela compete.

E nesse sentido, temos de convir que estamos – nós os evangélicos – a uma “vida” de distância de dezenas de organizações não governamentais e associações “pró-vida” espalhadas pelo globo.

Vejamos, por exemplo, o incansável e memorável trabalho de fiscalização realizado pela CBNN – Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, e seu posicionamento abertamente declarado durante assembleia geral realizada em maio deste ano: "Incentivamos a que todos participem e expressem, através do voto ético, esclarecido e consciente, a sua cidadania nas próximas eleições, superando possíveis desencantos com a política, procurando eleger pessoas comprometidas com o respeito incondicional à vida, à família, à liberdade religiosa e à dignidade humana".

Ainda naquela ocasião, a CNBB cobrou do Presidente Lula, através de uma comissão enviada ao palácio, a mudança do texto do PNDH 3 (Plano Nacional de Desenvolvimento Humano) no qual, dentre outras medidas, se propunha a descriminalização do aborto e a proibição à ostentação de símbolos religiosos em prédios públicos.

O presidente assentiu em retirar o apoio a essas propostas; mas à essas alturas do campeonato acho pouco provável.

Verdade é que, até o presente momento, os candidatos que aí se apresentam pouco ou nada dizem a respeito do tema, senão que vão lutar pelo “direitos do cidadão”. Mas, que direitos são estes? Quais o limites de sua extensão?

Enquanto isso, nossas lideranças – dentro e fora do congresso – fazem piada com seus “números” de candidatura, parafraseando ou replicando textos bíblicos totalmente fora do contexto a fim de chamar a atenção do eleitorado para uma “pseudo santidade” ou titularidade divina “nunca antes vista na história deste país”... Tudo em nome de DEUS. Nestas horas parece-me que “não tomar o nome do Senhor em vão” nada significa para estes homens, já que há um propósito maior que justifique a blasfêmia. 7000 vezes NÃO! NÃO! NÃO! NÃO! NÃO!...

Faz-me sentir VERGONHA vê-los expostos de forma ridícula à ridicularizar o evangelho, ladeados de infames “artistas” e “marqueteiros” que representam em míseros segundos a miséria (real) de nosso país em forma de novela... Como se já não fosse o bastante vivê-la dia-a-dia 24 horas.

Nada como uma boa maquiagem para dar um ar de solicitude ao candidato da vez.

Tenho que dar a mão à palmatória (enquanto permitidas as pedagógicas) para o brilhante trabalho de vigilância e denúncia realizado pela CNBB no que concerne à SITUAÇÃO DA DEFESA DA VIDA.

Que o Senhor nos abra os olhos enquanto é tempo... Enquanto nos é permitido ABORTAR O VOTO.

Pelo VOTO CONSCIENTE,

Prossigo para o Alvo... Fp. 3:14

Fontes: Diocese de Assis

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