Rádio Rhema Online

terça-feira, 24 de junho de 2008

SUPER-AÇÃO NOTA 10...

24/06/2008 - 05h00

Estudante com paralisia cerebral dribla dificuldade motora e faz "monografia falada"

Bruno Aragaki*
Em São Paulo

Entre o fim da faculdade de jornalismo e o diploma, Eduardo Purper, 22, tem mais uma barreira: a monografia de fim de curso. As limitações motoras impostas pela paralisia cerebral o obrigariam a pedir que alguém digitasse o texto. Purper teve, então, uma idéia: fazer monografia "falada".

"Análise Semiológica de Narrações de Futebol", em áudio, será apresentada nesta terça-feira (24) no Centro Universitário Metodista IPA, em Porto Alegre (RS), onde Purper estuda. Como não escreve nem enxerga, Eduardo Purper, 22, usa gravador como "bloquinho"

Se tiver o trabalho aprovado, Purper será o primeiro formado em jornalismo com paralisia cerebral no Rio Grande do Sul, segundo o sindicato dos jornalistas gaúcho."

Mesmo com limitações físicas, ele cumpriu todos os processos propostos e foi além das expectativas", disse a doutora em semiologia Mariceia Benetti, orientadora do projeto.

O formato do trabalho, ensaio acadêmico gravado, também é inédito no Estado. O objetivo da pesquisa foi verificar os indícios de parcialidade dos narradores esportivos nas transmissões de futebol das rádios Gaúcha e Guaíba.

Rádio e futebol, aliás, são duas paixões de Purper. Ele faz estágio na rádio local IPA e produz o programa "A palavra é sua", semanal de entrevistas.

Superação
A baixa capacidade visual de Purper o levou a desenvolver alta capacidade de memorização. Desde a escola, faz provas orais, já que não enxerga nem escreve.

As "anotações" da monografia, Eduardo Purper tem todas "de cabeça".As referência bibliográficas que teve de incluir no trabalho foram feitas com a ajuda do pai, Ricardo.

Foi ele quem leu em voz alta os livros de que Eduardo precisava e gravou os trechos que Eduardo julgava mais importantes.

"Em vez de sublinhar, como tu fazes quando lês, a gente gravava", disse Eduardo."

Na verdade, cheguei até aqui porque tenho algo que muitos deficientes não têm: apoio da família. Sempre me ensinaram a não supervalorizar minhas limitações e explorar minhas capacidades", conta.

Além do trabalho e da faculdade, Purper também se dedica à ONG Pró-Inclusão, por onde dá palestras sobre deficiência e inclusão social.

*Com informações da assessoria de imprensa da Metodista
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O texto acima foi reproduzido na íntegra do portal UOL/Educação e pode ser obtido em: http://educacao.uol.com.br/ultnot/2008/06/24/ult105u6659.jhtm

Ps.: A matéria foi veiculada também pelo Jornal Nacional (Globo), o qual noticiou a aprovação da monografia no jovem Eduardo, que obteve nota 9,5.

E você, que nota daria para esse exemplo de vida?

Prossigo para o Alvo... Fp. 3:14

1 comentários:

Carlos Roberto, Pr. disse...

Caro Robson!
A Pqaz do Senhor!
Obrigado pela qualidade de informação contida em seu blog.
Parabéns, continue!
Pr. Carlos

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